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bingo plus sign,Entre na Sala de Transmissão ao Vivo para Previsões Online e Resultados de Loteria, Onde Você Fica Atualizado e Participa de Cada Sorteio com Antecipação..A decoração é próxima do estilo utilizado pela maioria das estações de metrô: as faixas de iluminação são brancas e arredondadas no estilo "Gaudin" do renascimento do metrô da década de 2000, e as telhas em cerâmica brancas biseladas recobrem os pés-direitos, a abóbada e os tímpanos. Os quadros de publicidade são em faiança de cor de mel em um estilo próximo da CMP original; no entanto, o nome da estação, também em faiança, tem a particularidade de ser inscrita entre esses quadros e acima deles, e ser definido com uma borda em cerâmica marrom. Os assentos de estilo “Akiko” são de cor bordô e estão dispostos apenas na plataforma norte.,A força de trabalho de Itatinga é mencionada em apenas dois artigos. Em ambos os casos, é abordada en passant e relacionada a fatalidades. Em 1912, a recém-inaugurada Usina de Itatinga, “a perfect modern system” (1912, p.584), foi objeto de um artigo publicado na revista Electrical World. Ao tratar da construção do canal que liga a represa à câmara d’água, o autor afirma que: ''"Inúmeros acidentes ocorreram durante a construção do canal. Apenas um deslizamento de terra soterrou doze homens. Se considerarmos a localização, a chuva quase incessante, o calor intenso e o trabalho negro ignorante, terá uma leve ideia das dificuldades que tiveram de superar em todos os ramos desta instalação."'' (1912, p. 584) Ao lado das características do território e do clima, “o ignorante trabalho negro” é considerada como um obstáculo para a concretização da usina. O julgamento do autor do artigo – um engenheiro, provavelmente – pode ser entendido como mecanismo para desresponsabilizar os engenheiros e a companhia das mortes ocorridas durante as obras. Atribuir a culpa à raça dos trabalhadores é uma forma de reelaboração de um discurso racista e recorrente de que negros, índios e povos aborígenes são preguiçosos, irracionais e negligentes. Reafirmando, assim, um discurso imperialista de que os brancos são laboriosos, eficazes, racionais e, portanto, isentos de culpa nas fatalidades ocorridas na usina. O fragmento apresentado acima leva a crer que acidentes de trabalho eram relativamente comuns durante a construção do canal. Não obstante, não foi encontrado nenhum outro registro a respeito de acidentes no canal ou no restante da usina. Não é possível, então, estabelecer a quantidade de trabalhadores acidentados, fatalmente ou não, durante a construção. Além de sujeitos a acidentes, os trabalhadores da usina estavam expostos à malária, como apresenta o artigo de Benchimol e Silva (2008): ''“Ferrovias, doenças e medicina tropical no Brasil da Primeira República” tem como objeto o impacto da malária no âmbito da modernização republicana (BENCHIMOL & SILVA, 2008). No segmento do texto relacionado à usina, o “Relatório da viagem e pesquizas das Docas de Santos – Itatinga” (1905) e “Prophylaxia do impaludismo” (1906-1907), escritos por Carlos Chagas, constituem as principais referências.'' Um surto de paludismo praticamente paralisou as obras de Itatinga, que mobilizavam cerca de três mil pessoas, entre dezembro de 1904 e maio de 1905 (BENCHIMOL & SILVA, 2008, p. 731). O médico sanitarista Carlos Chagas foi, então, chamado pela CDS para conter a epidemia. Seu trabalho em Itatinga, que se estende de dezembro de 1905 a maio de 1906, tem início com a investigação das condições epidemiológicas da região e do modo de vida e trabalho da população, com especial interesse em suas habitações (BENCHIMOL & SILVA, 2008, p. 731). A campanha de Chagas consistiu na eliminação das larvas, proteção das casas, isolamento daqueles que apresentassem o parasito no sangue e tratamento dos doentes crônicos e das crianças infectadas (CHAGAS, 1905 apud BENCHIMOL & SILVA, 2008, p. 731). Uma das medidas adotadas foi a criação de valas nos principais núcleos de habitação para afastar os criadouros do mosquito (CHAGAS, 1906-1907 apud BENCHIMOL & SILVA, 2008, p. 731). A partir de então o desenvolvimento e a manutenção de sistemas de valas para a drenagem da água passa a ser uma atividade constante na usina. Em janeiro de 1906, um mês após o início da campanha, havia 16 doentes. No mês seguinte, o número de doentes caiu para três e em março, mês que Chagas entregou seu relatório final, não havia mais nenhum caso, apesar das chuvas abundantes (CHAGAS, 1905, p. 20-23 apud BENCHIMOL & SILVA, 2008, p. 733). Ao abordar os trabalhos desenvolvidos por Chagas, o artigo menciona uma série de aspectos relativos aos trabalhadores e seus modos de vida. Conforme consta no “Relatório da viagem e pesquizas das Docas de Santos”, os moradores de Itatinga eram divididos em dois núcleos e “residiam em grandes barracões sem qualquer proteção contra os mosquitos” (CHAGAS, 1905 apud BENCHIMOL & SILVA, 2008, p. 731). Conforme o médico, os barracões utilizados como habitação deveriam “ter uma única entrada, com tambores instalados no lado de fora, sendo importante que as portas fechassem rápida e automaticamente” (CHAGAS, 1906-1907, p. 17-23 apud BENCHIMOL & SILVA, 2008, p. 732). Chagas menciona a presença de famílias com crianças no local (CHAGAS, 1905, p. 1-2, Apud BENCHIMOL & SILVA, 2008, p. 731). Este relato leva a crer que havia mulheres habitando este grande canteiro de obras. Não se sabe se elas integravam ou não a força de trabalho ou quais tarefas realizavam, já que não foi encontrado um único registro que mencione a existência ou o papel das mulheres na construção de Itatinga. No caso de Itatinga, a regra clássica de recolhimento dos trabalhadores indenes antes do crepúsculo da tarde não foi seguida, já que constituía, segundo Chagas, “exigência demasiado atentatória do bem-estar dos operários, que tinham por hábito reunirem-se ao ar livre depois de um dia árduo de trabalho” (CHAGAS, 1906-1907, p. 20-23 apud BENCHIMOL & SILVA, 2008, p. 732). Esta passagem, somada ao relato de famílias residindo no local, dá pistas das dinâmicas existentes na usina então em construção. Além de canteiro de obras e espaço de trabalho, Itatinga era espaço onde se desenvolviam diversas atividades do universo cotidiano, mesmo antes de sua conclusão..
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Em 1912, a recém-inaugurada Usina de Itatinga, “a perfect modern system” (1912, p.584), foi objeto de um artigo publicado na revista Electrical World. Ao tratar da construção do canal que liga a represa à câmara d’água, o autor afirma que: ''"Inúmeros acidentes ocorreram durante a construção do canal. Apenas um deslizamento de terra soterrou doze homens. Se considerarmos a localização, a chuva quase incessante, o calor intenso e o trabalho negro ignorante, terá uma leve ideia das dificuldades que tiveram de superar em todos os ramos desta instalação."'' (1912, p. 584) Ao lado das características do território e do clima, “o ignorante trabalho negro” é considerada como um obstáculo para a concretização da usina. O julgamento do autor do artigo – um engenheiro, provavelmente – pode ser entendido como mecanismo para desresponsabilizar os engenheiros e a companhia das mortes ocorridas durante as obras. Atribuir a culpa à raça dos trabalhadores é uma forma de reelaboração de um discurso racista e recorrente de que negros, índios e povos aborígenes são preguiçosos, irracionais e negligentes. Reafirmando, assim, um discurso imperialista de que os brancos são laboriosos, eficazes, racionais e, portanto, isentos de culpa nas fatalidades ocorridas na usina. O fragmento apresentado acima leva a crer que acidentes de trabalho eram relativamente comuns durante a construção do canal. Não obstante, não foi encontrado nenhum outro registro a respeito de acidentes no canal ou no restante da usina. Não é possível, então, estabelecer a quantidade de trabalhadores acidentados, fatalmente ou não, durante a construção. Além de sujeitos a acidentes, os trabalhadores da usina estavam expostos à malária, como apresenta o artigo de Benchimol e Silva (2008): ''“Ferrovias, doenças e medicina tropical no Brasil da Primeira República” tem como objeto o impacto da malária no âmbito da modernização republicana (BENCHIMOL & SILVA, 2008). No segmento do texto relacionado à usina, o “Relatório da viagem e pesquizas das Docas de Santos – Itatinga” (1905) e “Prophylaxia do impaludismo” (1906-1907), escritos por Carlos Chagas, constituem as principais referências.'' Um surto de paludismo praticamente paralisou as obras de Itatinga, que mobilizavam cerca de três mil pessoas, entre dezembro de 1904 e maio de 1905 (BENCHIMOL & SILVA, 2008, p. 731). O médico sanitarista Carlos Chagas foi, então, chamado pela CDS para conter a epidemia. Seu trabalho em Itatinga, que se estende de dezembro de 1905 a maio de 1906, tem início com a investigação das condições epidemiológicas da região e do modo de vida e trabalho da população, com especial interesse em suas habitações (BENCHIMOL & SILVA, 2008, p. 731). A campanha de Chagas consistiu na eliminação das larvas, proteção das casas, isolamento daqueles que apresentassem o parasito no sangue e tratamento dos doentes crônicos e das crianças infectadas (CHAGAS, 1905 apud BENCHIMOL & SILVA, 2008, p. 731). Uma das medidas adotadas foi a criação de valas nos principais núcleos de habitação para afastar os criadouros do mosquito (CHAGAS, 1906-1907 apud BENCHIMOL & SILVA, 2008, p. 731). A partir de então o desenvolvimento e a manutenção de sistemas de valas para a drenagem da água passa a ser uma atividade constante na usina. Em janeiro de 1906, um mês após o início da campanha, havia 16 doentes. No mês seguinte, o número de doentes caiu para três e em março, mês que Chagas entregou seu relatório final, não havia mais nenhum caso, apesar das chuvas abundantes (CHAGAS, 1905, p. 20-23 apud BENCHIMOL & SILVA, 2008, p. 733). Ao abordar os trabalhos desenvolvidos por Chagas, o artigo menciona uma série de aspectos relativos aos trabalhadores e seus modos de vida. Conforme consta no “Relatório da viagem e pesquizas das Docas de Santos”, os moradores de Itatinga eram divididos em dois núcleos e “residiam em grandes barracões sem qualquer proteção contra os mosquitos” (CHAGAS, 1905 apud BENCHIMOL & SILVA, 2008, p. 731). Conforme o médico, os barracões utilizados como habitação deveriam “ter uma única entrada, com tambores instalados no lado de fora, sendo importante que as portas fechassem rápida e automaticamente” (CHAGAS, 1906-1907, p. 17-23 apud BENCHIMOL & SILVA, 2008, p. 732). Chagas menciona a presença de famílias com crianças no local (CHAGAS, 1905, p. 1-2, Apud BENCHIMOL & SILVA, 2008, p. 731). Este relato leva a crer que havia mulheres habitando este grande canteiro de obras. Não se sabe se elas integravam ou não a força de trabalho ou quais tarefas realizavam, já que não foi encontrado um único registro que mencione a existência ou o papel das mulheres na construção de Itatinga. No caso de Itatinga, a regra clássica de recolhimento dos trabalhadores indenes antes do crepúsculo da tarde não foi seguida, já que constituía, segundo Chagas, “exigência demasiado atentatória do bem-estar dos operários, que tinham por hábito reunirem-se ao ar livre depois de um dia árduo de trabalho” (CHAGAS, 1906-1907, p. 20-23 apud BENCHIMOL & SILVA, 2008, p. 732). Esta passagem, somada ao relato de famílias residindo no local, dá pistas das dinâmicas existentes na usina então em construção. Além de canteiro de obras e espaço de trabalho, Itatinga era espaço onde se desenvolviam diversas atividades do universo cotidiano, mesmo antes de sua conclusão..